Z é uma formiga operária de uma colónia, tal como muitas outras formigas, mas ao contrário dessas, Z questina-se acerca da sua vida, "Porque tem ele de cavar?", "Porque tem de ser um operário e não um soldado?", "Porque tem de pôr o bem da colónia à frente de si próprio e dos seus próprios desejos?", "Será que existe um lugar melhor?"...
Numa noite Z tem um pequeno encontro com Bala, a princesa da colónia, e fica perdidamente apaixonado. Para poder voltar a ver a sua amada Z troca de lugar com o seu amigo Weaver, um soldado das tropas reais, e nesse momento a vida de Z dá uma volta de 180 graus.
Esta pequena e insignificante personagem caracteriza a Filosofia, pois é autónoma quanto às suas ideias, questiona-se acerca de tudo o que a rodeia, levanta problemas que os outros (as formigas da colónia) acham desnecessário, este tem uma grande capacidade crítica e não acredita em dogmas. Z mostra claramente essas semelhanças com a Filosofia, ele reflecte sobre a sua vida e sente-se incomodado, então, questiona a razão de fazer tudo o que faz, "Porque não pode ele fazer algo diferente?", Z pensa por si próprio, é autónomo ao contrário das outras formigas, essas até acabam por lhe dizer que ele pensa demasiado, porque para elas trabalhar já é algo normal, algo que faz parte delas, estas não se incomodam em não mudar, pois acreditam que aquilo que fazem é o ideal, nem se esforçam em saber porque o fazem, simplesmente fazem-no.
Podemos também comparar a temática do filme com a Alegoria da Caverna, quando um dos prisioneiros se solta, chegando à superfície, vendo o mundo real, deixando de acreditar nas sombras vistas na caverna. Este vai ao encontro dos seus antigos companheiros e tenta alertá-los de que existe algo melhor que aquelas simples sombras, mas estes não acreditam em suas palavras e acabam por rir por ele já não conseguir ver as sombras.
As tropas reais, onde Z se encontrava, foram mandadas para uma guerra contra as térmitas, que o General Mandible planeou para que as tropas morressem e ele pudesse continuar com o seu plano malévolo de construir o Mega Túnel, para destruir a colónia e formar uma outra nova onde ele tivesse o poder absoluto.
Para descontentamento do General Mandible, Z é o único sobrevivente da batalha, uma formiga sem perfil de soldado, que pensa por si próprio. Z torna-se então uma ameaça para o planos do General Mandible. Este é caracterizado pelo poder, a autoridade, a arrogância e o egocentrismo, tendo um perfil em que pensa apenas em si próprio sem se importar com os outros, usando-os para atingir os seus fins.
Mais tarde, Z rapta a princesa Bala, e juntos procuram o "Insectopia", um lugar melhor que Z tanto anseia encontrar, um sítio diferente onde não existem exigências, onde possa ser livre, onde possa escolher e fazer o que mais ambiciona.
Após um longo e complicado percurso Z e Bala encontram a tão esperada "Insectopia", uma simples acumulação de lixo, algo tão vulgar que para eles se torna no melhor lugar alguma vez visto. Tal como eles, o filósofo vê algo grandioso nas coisas mais simples e vulgares, este aprecia e analisa-as como se fosse a primeira vez que as visse.
Coronel Cutter leva Bala de volta à colónia, por ordem do General Mandible, Z ao saber da notícia volta à colónia para salvar Bala. No entanto, ambos descobrem o impiedoso plano de Mandible e comunicam-no à rainha para tentarem salvar a colónia.
O ponto culminate é quando Z termina o filme com a seguinte citação "Acho que encontrei o meu lugar, e sabem que mais é exactamente o mesmo que era no começo, mas a diferença é que desta vez fui eu que escolhi!". Tal como o filósofo, Z pensou por si, foi autónomo e assim encontrou o seu lugar, pode não ter mudado muito ou até mesmo nada, mas pelo menos foi ele quem o escolheu.
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